As tecnologias da informação, como a internet e a telefonia celular, se transformaram em uma ferramenta de ajuda às vítimas de desastres naturais, já que o acesso rápido à informação permite uma reação imediata.
É o que revela o relatório apresentado nesta quinta-feira (17) pela Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV), que evidencia a profunda desigualdade no acesso a essas tecnologias entre os países ricos e pobres, e seu impacto em situações de catástrofes naturais.
Embora o número de desastres em nível mundial tenha diminuído no ano passado, "o número de afetados nos países pobres sofreu um aumento" comentou a responsável por direitos humanos e diplomacia da FICV, Jouelle Tanguy.
Esta tendência pode estar relacionada ao fato de que a desigualdade no acesso às tecnologias da informação é mais notória nos países mais propensos aos desastres, indicou.
O relatório analisa o papel das redes sociais e dos telefones celulares na hora de salvar vidas, e usa como exemplo o tufão Bopha, que afetou as Filipinas em dezembro do ano passado, afetando 6,3 milhões de pessoas.
"Milhares de pessoas sobreviveram porque 99% da população tinha acesso à telefonia celular e pôde receber mensagens de alerta com antecedência e informações sobre os lugares seguros", revelou o estudo.
O relatório adverte que a utilização cada vez maior das novas tecnologias por parte das organizações humanitárias para obter informação sobre as populações afetadas pelos desastres pode provocar a exclusão daqueles que não têm acesso a elas.
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