A polícia de Votuporanga (521 km de São Paulo) deteve três homens suspeitos de criar um esquema de golpe envolvendo números roubados de cartões de crédito e negociações fraudulentas na internet. Eles foram detidos na sexta-feira (18) e responderão na Justiça pelos crimes de falsidade ideológica, estelionato e formação de bando ou quadrilha. Cada um pode pegar até 13 anos de prisão.
Polícia prende suspeitos de fraude em comércio eletrônico em Votuporanga, interior de São Paulo; acharam na casa dos suspeitos smartphones e tablets novos prontos para serem revendidos
Os três homens – dois irmãos e um cunhado – usavam dados roubados de cartões de crédito para comprar eletrônicos via sistemas de pagamento online. Os produtos eram entregues em residências de Votuporanga e depois revendidos pela internet, com anúncios feitos pelo Facebook (eles também tinham um site, que estava desativado).
"Eles criaram uma espécie de empresa. Os produtos comprados de forma fraudulenta entravam no 'estoque' e eram anunciados para venda", explicou delegado Márcio Nobuyoshi Nosse, da Delegacia de Investigações Gerais de Votuporanga. Nosse afirmou que as investigações continuam, para identificar mais pessoas envolvidas e levantar detalhes do funcionamento do esquema.
Cerca de 90% dos eletrônicos adquiridos pela quadrilha eram telefones celulares. De janeiro a julho deste ano, de acordo com as investigações, os suspeitos gastaram ao menos R$ 126 mil usando cartões de créditos de terceiros. O prejuízo não fica necessariamente com os verdadeiros donos dos cartões: quando essas vítimas não reconhecem as compras na fatura, a perda pode ficar com as empresas de pagamento online.
Dois suspeitos foram detidos ao retirarem uma encomenda na agência dos Correios, onde recentemente haviam feito a assinatura de uma caixa postal. O pacote em questão – com um telefone celular – foi adquirido seguindo o padrão da fraude e, por isso, a polícia de Votuporanga fez campana para saber quem buscaria a compra. O endereço desses homens constava em uma lista de 11 residências identificadas durante as investigações.
Na casa dos suspeitos, a polícia encontrou telefones celulares, notebooks e tablets novos. Eles levaram a polícia a um terceiro homem, que estava em casa e também foi detido. Segundo a polícia local, todos admitiram participação no esquema, que teve início em novembro de 2012.
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